Numa bola de fogo você se foi
Na estrada da fazenda
Ainda me lembro bem:
A luz da coisa matou um boi.
No chão, ficaram as marcas das patas
Aterrissadas
Ouvi seus gritos
As figuras caladas
A levaram num facho de luz
Eu corri, gritei seu nome
meus braços abertos em cruz
cheguei tarde, você havia subido
com aqueles seres
numa nave e num zunido
era agora apenas um ponto de luz
e eu fiquei aqui perdido
gritando no escuro.
Hoje, sentado na varanda, fico toda noite
A te procurar
Você se foi
Num disco voador
E naquela noite, eu sei, morreu um boi.

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