Luiz Poema.
Bom, se tem Luiz Melodia, tem Luiz Poema. Tem Luiz qualquer coisa.
O que importa dizer é que eu tenho coisas ditas escritas e quero que eleas sejam vistas.
Se não forem, tudo bem; também não tenho planos.
Mas é bom escrever e escrever alto.
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Eu quero fazer uma poesia sanguinolenta
Que verta sangue
Sangue que sai bem do fundo de minhas entranhas
Sangue batido, sangue pisado,
Negro
Que jorre, ferva e manche.
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Eram tantas pessoas pisando naquela flor Eram coisas estranhas Era raiva e era amor Caminhando num campo de flores Vivendo diversos amores Eram tantas pessoas... Nem o sol, nem a lua Nem a própria noite Presenciou tantos dissabores Assistiram a tantos horrores Num campo minado de flores Um canto qualquer do oriente Pessoas pisando em pessoas E flores sementes de amores Destruídas por naves à toa.
Vem, cão, volta de onde veio Vai, morde aquele seio Que o alimentou Praga suburbana Parido de uma mundana Que nunca lhe amou Lambuze-se de fezes e de lama E chama, sim clama Pois eu já vou E o seu suplício Será o início do que sobrou E você, meu infante Virá rastejante Onde eu não vou Beberemos à sua saúde Fiz o que pude Você nem ligou.
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